quinta-feira, 31 de maio de 2012

O GÊNERO TEXTUAL ARTIGO CIENTÍFICO



                        O gênero textual artigo científico

                                                                                                              Ms. Magna Campos

Resumo: Este trabalho apresenta as normas e os elementos básicos comuns ao gênero textual artigo científico e visa servir de orientação para a escrita de artigos, especialmente por estudantes do curso de Direito, de acordo com os padrões da ABNT-NBR 6022/2003 e com os pressupostos teóricos da produção do gênero textual acadêmico científico. São abordadas as questões fundamentais envolvidas no planejamento de um artigo, as características, a estrutura e o detalhamento dessa estrutura. Desta forma, obtém-se uma maior preparação do iniciante para a escrita do texto no âmbito deste gênero científico.


Palavras-chave: artigo científico; especificidades; gênero textual.



Sumário: Introdução. 2 O artigo científico: especificidades. 2.1 Questões fundamentais. 2.2 Características. 2.3 A Estrutura. 2.4 Detalhamento da estrutura. 3 Considerações Finais 4. Referências.



Acesse aqui: http://pt.scribd.com/doc/95150157/O-genero-textual-artigo-cientifico. 

terça-feira, 29 de maio de 2012

Argumentação: a eficácia das palavras

A escrita como uma habilidade advinda do trabalho constante: o caso do texto argumentativo

Ms. Magna Campos

A construção de um texto ou de um discurso argumentativo se dá pelo trabalho, e não por inspiração de entidades mágicas, por dom. Trata-se de uma habilidade desenvolvida pelo trabalho constante e bem realizado, tanto de escrever quanto de reescrever. A importância de destituir a escrita da acepção de dom é vital, pois só assim podemos torná-la possível de ser trabalhada e melhorada constantemente.

Nesta mesma perspectiva, argumenta Citelli, em seu livro "O texto Argumentativo". Leia-se abaixo: 

A nossa perspectiva foi a de conceber a linguagem como trabalho, daí a constância de termos como pesquisa, estudo, plano, escrita, reescrita. Feliz ou infelizmente, produzir textos exige tanto algum domínio do sistema expressivo como o envolvimento com as coisas do mundo. Por isso não se trata de algo fácil ou difícil, mas de um desafio que pode e deve ser vencido. (CITELLI,1994,p.78)

Todavia, para escrever é preciso conhecer como dizer e também o que dizer. E para se ter as "ideias", ter o que se dizer, é preciso ler com perspicácia o mundo que nos circula e, igualmente,ler a nós mesmos.

A argumentação, por sua face dupla - o convencimento e a persuasão -, faz parte do cotidiano, presentes na publicidade, nos editoriais, nos artigos de opinião, nos discursos políticos e jurídicos e em nossa fala corriqueira, pois como afirma Koch (2002, p.19):

"Como ser dotado de razão e vontade, o homem,constantemente, avalia, julga, critica, isto é, forma juízos e valor. Por outro lado, por meio do discurso – ação verbal dotada de intencionalidade – tenta fluir sobre o comportamento do outro ou fazer com que compartilhe determinadas de suas opiniões. É por esta razão que se pode afirmar que o ATO DE ARGUMENTAR constitui o ato lingüístico fundamental, pois A TODO E QUALQUER MOMENTO SUBJAZ UMA IDEOLOGIA, na acepção mais ampla do termo. A neutralidade é apenas um mito: o discurso que se pretende “neutro”, ingênuo, contém também uma ideologia – a da sua própria objetividade". (grifos da autora)

Por isso, deixo aqui alguns exemplos interessantes de argumentação em textos verbais e não verbais:

























Fonte: http://sociedade-e-persuasao.blogspot.com.br/















O cego e o publicitário

Dizem que havia um cego sentado na calçada em Paris, com um boné a seus pés e um pedaço de madeira. No boné, estava escrito com giz branco: "Por favor, ajude-me, sou cego". Um publicitário, da área de criação, que passava em frente a ele, parou e viu umas poucas moedas no boné. Sem pedir licença, pegou o cartaz, virou-o, pegou o giz e escreveu outro anúncio. Voltou a colocar o pedaço de madeira aos pés do cego e foi embora. Pela tarde o publicitário voltou a passar em frente ao cego que pedia esmola. Agora, o seu boné estava cheio de notas e moedas. O cego reconheceu as pisadas e lhe perguntou se havia sido ele quem reescreveu seu cartaz, sobretudo querendo saber o que havia escrito ali. O publicitário respondeu: "Nada que não esteja de acordo com o seu anúncio, mas com outras palavras". Sorriu e continuou seu caminho. O cego nunca soube, mas seu novo cartaz dizia: "Hoje é primavera em Paris, e eu não posso vê-la!"


 O caso da melancia

 Justiça: Penal Direito discutido: furto N. processo: autos nº 124/03 Localidade: Palmas/TO Nome do juiz: Rafael Gonçalves de Paula Instância: primeira- 3ª Vara Criminal da Comarca Ponto relevante da decisão: decisão contra a lei, o juiz não aponta fundamentação legal 


DECISÃO Trata-se de auto de prisão em flagrante de Saul Rodrigues Rocha e Hagamenon Rodrigues Rocha, que foram detidos em virtude do suposto furto de duas (2) melancias. Instado a se manifestar, o Sr. Promotor de Justiça opinou pela manutenção dos indiciados na prisão. Para conceder a liberdade aos indiciados, eu poderia invocar inúmeros fundamentos: os ensinamentos de Jesus Cristo, Buda e Ghandi, o Direito Natural, o princípio da insignificância ou bagatela, o princípio da intervenção mínima, os princípios do chamado Direito alternativo, o furto famélico, a injustiça da prisão de um lavrador e de um auxiliar de serviços gerais em contraposição à liberdade dos engravatados que sonegam milhões dos cofres públicos, o risco de se colocar os indiciados na Universidade do Crime (o sistema penitenciário nacional). Poderia sustentar que duas melancias não enriquecem nem empobrecem ninguém. Poderia aproveitar para fazer um discurso contra a situação econômica brasileira, que mantém 95% da população sobrevivendo com o mínimo necessário. Poderia brandir minha ira contra os neo-liberais, o consenso de Washington, a cartilha demagógica da esquerda, a utopia do socialismo, a colonização européia. Poderia dizer que George Bush joga bilhões de dólares em bombas na cabeça dos iraquianos, enquanto bilhões de seres humanos passam fome pela Terra - e aí, cadê a Justiça nesse mundo? Poderia mesmo admitir minha mediocridade por não saber argumentar diante de tamanha obviedade. Tantas são as possibilidades que ousarei agir em total desprezo às normas técnicas: não vou apontar nenhum desses fundamentos como razão de decidir. Simplesmente mandarei soltar os indiciados. Quem quiser que escolha o motivo. Expeçam-se os alvarás.

Palmas - TO, 05 de setembro de 2003. Rafael Gonçalves de Paula Juiz de Direito


Sim ao livro, não à catraca
      É muito interessante a iniciativa de se criar um monumento para a “descatracalização” da vida. A catraca é metáfora para toda forma de controle social que enfrentamos cotidianamente, e representa não só o controle material – câmeras filmadoras, pontos de entrada e saída no trabalho, notas escolares, números de identificação nas instâncias burocráticas estatais –, mas também o invisível, como o exercido pelos preceitos morais e religiosos e pelas normas vindas do desenvolvimento da ciência moderna, de longe, as formas de controle mais eficazes e prejudiciais – que “enquadram” sem que percebamos. Que aprisionam. Que emburrecem.

Já disse o filósofo francês Michael Foucault que muito mais eficiente que o controle é a autodisciplina. As religiões, por exemplo, instituíram valores morais que determinam como devemos viver. Como somos educados desde a infância dessa forma, esses valores são tão fortes que acabam sendo fiscalizados por nossa própria culpa, um elemento disciplinador interno que nos impede de ir contra a corrente. Os valores da moral judaico-cristã, por exemplo, nos dizem que devemos ser heterossexuais, nos casar, ter filhos, trabalhar muito, controlar nossos impulsos sexuais e agressivos. Apesar de muitas dessas regras facilitarem a vida coletiva, elas contrariam impulsos naturais importantes a alguns ou todos de nós, e nos condenam a repressões internas que causam sofrimento. Sigmund Freud defende essa idéia no livro O mal-estar na civilização. Um único preceito moral, como “não fazer mal aos outros”, talvez pudesse regular a vida social sem oprimir tanto os cidadãos.

Outra forma de controle ainda disfarçada que ganha cada vez mais força é aquela que se mascara em saber científico. Vivemos sob a ditadura das recomendações para se atingir saúde, vida longa, felicidade, fortuna, sucesso. A ciência exata e humana do século 20 nos manda fazer exercícios, não beber em excesso, ter orgasmos sempre, viver cada minuto como se fosse o último e definir metas profissionais. Essas instruções, algumas meramente cosméticas, vazias, têm cada vez mais penetração social, vide a freqüência com que aparecem na mídia ou o sucesso de venda dos livros de auto-ajuda e gestão empresarial. São fórmulas que parecem nos dizer: “sejam disciplinados, não é preciso ter arrebatamentos de alegria e liberdade, apenas sejam medianamente e controladamente saudáveis e produtivos”. Típica estratégia capitalista para manter as pessoas trabalhando muito, em acordo com a ideologia política vigente, mas satisfeitas por estarem praticando hábitos saudáveis, serenos.

      Há quem diga que tantas regras religiosas e de auto-ajuda aquietam as pessoas e promovem o bem-estar social. São os covardes, os tiranos. Aqueles que ignoram os efeitos da educação e da cultura como civilizadoras, mas com a vantagem de estimularem o bom senso e a autonomia.
 

quinta-feira, 24 de maio de 2012

The Fantastic Flying Book of Mr. Morris Lessmore





O curta animação The Fantastic Flying Book of Mr. Morris Lessmore, dirigido por William Joyce e Oldenburg Brandon, recebeu o Oscar de 2011.

A história do Sr. Lessmore é simples. Morris está calmamente escrevendo seu livro, quando uma tempestade leva ele, seu livro, sua casa, sua cidade até as palavras… Enquanto tenta recolher os pedaços de seu livro, ele encontra um livro simpático que leva a um novo lar e da vida. É uma história sem palavras sobre palavras e histórias

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Geração Baby Boomer, geração x, geração y

 





Uma pequena série de reportagens a respeito das gerações:


















 
Baby Boomer: é uma definição genérica para crianças nascidas durante uma explosão populacional – Baby Boom em inglês, ou, em uma tradução livre, Explosão de Bebês. Dessa forma, quando definimos uma geração como Baby Boomer é necessário definir a qual Baby Boom, ou explosão populacional estamos nos referindo.
Em geral, a atual definição de Baby Boomers, se refere aos filhos da Segunda Guerra Mundial, já que durante a guerra houve uma explosão populacional.
Normalmente são as pessoas nascidas no final da década de 1940. Acadêmicos justificam o fato, explicando que o ser humano tem uma característica de aumentar a reprodução quando se sente ameaçado ou em perigo por determinados períodos, que foi o caso da Segunda Grande Guerra. Na prática, no entanto, se consideram como Baby Boomers os nascidos entre 1946 e 1964, separados em duas gerações:
a.     Primeiros Boomers (1946 a 1954)
b.    Boomers posteriores (1955 a 1964)
São os considerados pais da Geração X e avós da Geração Y e parte da Geração Z.
Podemos determinar as seguintes características para a Geração de Baby Boomers:
- Possui renda mais consolidada.
- Tem um padrão de vida mais estável.
- Sofre pouca influência da marca no momento da compra.
- Apresenta maior preferência por produtos de alta qualidade.
- Prefere qualidade a quantidade.
- Experiências passadas servem de exemplo para consumo futuro.
- Não se influencia facilmente por outras pessoas.
- Não vê o preço como obstáculo para perseguir um desejo.
- É firme e maduro nas decisões.

Geração X
Os integrantes da Geração X têm sua data de nascimento localizada, aproximadamente, entre os anos 1960 e 1985. A Geração X é formada pelos filhos da Geração Baby Boomers, formada logo após a Segunda Guerra Mundial e pelos pais da Geração Y.
Apesar de haver tentativas anteriores de se utilizar o termo Geração X, a definição que se refere à Geração que teve início na década de 60 se deve a um estudo realizado por Jane Deverson. A idéia era classificar a geração de adolescentes da época, que eram considerados muito rebeldes para os padrões de então. A literatura cita comportamentos não usuais para a época, como “não acreditar tanto em Deus”, ou fazer sexo antes do casamento. Por serem filhos de uma geração mais comportada, o estudo gerou recusa de uma Revista Britânica que o havia encomendado. A editora achou os resultados fortes demais.
O Relatório foi então publicado por Deverson junto a um correspondente americano, Charles Hamblett, que lendo os resultados resolveu chamar a geração de “X”.
Hoje não se sabe ao certo se o “X” se refere à expressão em inglês “X rated”, que significa ações ou produtos pornográficos, ou se a referência é ao “X” utilizado em matemática, como uma incógnita a ser descoberta.
Entre as principais características dos indivíduos da geração X, encontramos:
- Busca da Individualidade sem a perda da convivência em grupo.
- Maturidade e escolha de produtos de qualidade.
- Procura estabilidade no emprego
- Ruptura com as gerações anteriores.
- Maior valor a indivíduos do sexo oposto.
- Busca por seus direitos.
- Respeito à família menor que o de outras gerações.
- Procura de liberdade.

Geração Y
A Geração Y, ao contrário do que muitos pensam, não se refere exatamente a uma legião de adolescentes, mas sim a uma “determinada” geração, nascida entre os anos 1986 e 2005. São os filhos da Geração X e netos dos Baby Boomers.
Como é uma geração relativamente nova, ainda não há uma conceituação clara das características desta geração, a não ser pelo fato que nasceram em um mundo que estava se transformando em uma grande rede global. A Internet, emails, redes de relacionamento, recursos digitais, fizeram com que a geração Y fizesse milhares de amigos ao redor do mundo, sem ao menos terem saído da frente de seus computadores. A mobilidade nas comunicações é outra característica associada ao consumo da Geração Y.
Assim, se as gerações anteriores se conectavam com o seu mundo através de um computador de mesa, a nova geração passou a ficar constantemente disponível e conectada através de dispositivos móveis. A noção de grupo passa a ser virtual. Cada pessoa passa a ter o seu vídeo game, a sua TV, o seu celular e o seu equipamento de som. Isto muda a forma de comportamento e relacionamento social sobremaneira, já que até então, essas formas de diversão, entretenimento ou comunicação eram coletivas. Ao final do Século XX, a televisão ocupava um lugar central na sala, reunindo a família no que se chamava “horário nobre”. Da mesma forma no início do Século passado, o Rádio e equipamentos de som ocupavam esse lugar. Essa geração dispõe de todos esses dispositivos em equipamentos portáteis que não os prendem mais a lugar nenhum. A sala da família unida em torno da televisão como ironizado na abertura da série “Os Simpsons”, deixa de existir.
Não há acordo entre os estudiosos a respeito da data exata de início e fim desta geração. Alguns voltam alguns anos e ultrapassam os anos 70. Outros dizem que a geração Y se mantém até 2010. O que há em comum, no entanto são os novos hábitos voltados à comunicação e obtenção da informação instantânea.
Também são chamados de Millennials por serem a geração da mudança do milênio.
A definição foi criada pelo Advertising Age. Uma revista de publicidade e propaganda Norte Americana, que definiu, em 1993, os hábitos de consumo dos adolescentes da época. Como eram filhos dos integrantes da Geração X, se achou óbvio, que esta nova geração fosse chamada pela próxima letra do Alfabeto.
Entre as principais características dos indivíduos da Geração Y, encontramos:
- Estão sempre conectados.
- Procuram informação fácil e imediata.
- Preferem computadores a livros.
- Preferem e-mails a cartas.
- Digitam ao invés de escrever.
- Vivem em redes de relacionamento.
- Querem trabalhos que lhe dêem prazer e desafios e não se importam com a estabilidade.
- Compartilham tudo o que é seu: dados, fotos, hábitos.
- Estão sempre em busca de novas tecnologias.
Apesar de já haver uma definição para a próxima letra (Geração Z) esta geração não está definida, exatamente numa época, mas em um hábito de comportamento: uma geração eternamente conectada e preocupada com a ecologia e o respeito ao meio ambiente. Também está a caminho, a Geração Alfa, formada por pessoas nascidas a partir de 2010.