domingo, 12 de setembro de 2010

OAB contra plágio no ensino


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Ricardo Bacelar, presidente da Comissão de Direitos Culturais da OAB-CE, é autor da proposta

DIVULGAÇÃO
23/4/2010
A Ordem vai sugerir que universidades utilizem programas para detectar fraudes em trabalhos acadêmicos

O plágio na elaboração de trabalhos acadêmicos está no centro de uma polêmica. A Ordem dos Advogados do Brasil - Secção Ceará (OAB-CE) está preparando um dossiê que recomenda a utilização de tecnologia antiplágio em universidades públicas e privadas para apontar possíveis fraudes em relação à autoria de trabalhos de conclusão de disciplinas, artigos, monografias e dissertações.

O material vai incluir diversas informações acerca dos softwares já disponíveis no mercado e utilizados por várias universidades. Ele será encaminhado, nos próximos dias, ao Ministério da Educação, Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (Funcap), Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), secretários de Educação e Cultura do Estado e Conselho Federal da OAB, além das instituições de ensino superior do Ceará.

Conforme o presidente da Comissão de Direitos Culturais e diretor da OAB-CE, Ricardo Bacelar, além de cometer um crime contra as leis que regem a propriedade intelectual, quem se apropria da obra de terceiros sem autorização e sem a referência devida está produzindo danos irreparáveis à pesquisa e ao próprio aprendizado.

"Muitos alunos não sabem escrever, não sabem compor um texto que possua sentido, elaborar uma ideia original e, pior de tudo, não aprendem a pensar e a desenvolver o senso crítico", ressalta. "Ou seja, o plágio compromete as formações acadêmica e moral dos estudantes".

Bacelar afirma que a ideia da recomendação surgiu da necessidade de divulgar os softwares existentes e que já são utilizados com sucesso por diversas instituições no Brasil e no exterior. "Muitas vezes, o que falta é informação. Os recursos existem", diz ele.

Para o chefe da Divisão de Pós-Graduação Stricto Sensu, em exercício, da Universidade de Fortaleza (Unifor), Paulo Sávio Peixoto Maia, a cultura da cópia dos trabalhos acadêmicos se disseminou graças à massificação da informação, principalmente pela internet. "É ilícito, mas as pessoas ficam cada vez mais tentadas pela facilidade", acrescenta.

O professor admite que, em muitos casos, é difícil comprovar a fraude, mas alguns aspectos, como a mudança de estilo entre parágrafos, podem ser observados. Ele destaca, ainda, a importância da experiência dos professores, desde a elaboração dos trabalhos até sua defesa. "Qualquer ferramenta que venha para facilitar é bem-vinda, mas nada substitui o olhar atento dos profissionais".

Fonte: http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=772953


Assista ao vídeo da Mesa Redonda: Autoria e plágio na era digital:


E também este vídeo:

Um comentário:

  1. Wagner Luiz e Fabiano Gaudenso 2PD17 de setembro de 2010 às 15:40

    Wagner Luiz e Fabiano Gaudenso
    O texto foi elaborado para tomar atitudes e que sirva de alerta aos alunos e entidades particulares e públicas que aceitam trabalhos acadêmicos utilizando a função ''copiar e colar'' , pois é um texto já elaborado por outras pessoas. E alguns dos muitos alunos brasileiros adotaram essa prática por falta de iniciativa e criatividade em elaborar um trabalho. Consideramos que o aluno estuda é por que não sabe e quer aprender, mas é uma falta de ética e conduta contra os professores e aos próprios colegas de classe essa atitude utilizar o recurso digital para finalizar um trabalho, nada contra uma pesquisa de apoio complementar. É função do colegiado verificar e acompanhar a existência do plágio, pois só o orientador não tem consegue controlar e reprovar o aluno. E cabe as autoridades competente tomar decisões para tal ato.

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