sexta-feira, 29 de julho de 2011

Filme: 12 HOMENS E UMA SENTENÇA - 1957 e 1997

Sinopse:
Com sua experiência provinda do teatro, não é estranho que Sidney Lumet tenha feito um filme tão bom, totalmente teatral, passado 97% dentro de uma mesma sala. Acreditem, sei que soa estranho quando ouvimos essa característica, porque antes de ver o filme me perguntava se o roteiro teria força o bastante para agüentar uma mesma locação por uma hora e meia sem ficar cansativo, repetitivo, chato e desinteressante. Só que a preocupação ficou completamente de lado enquanto eu assistia essa obra-prima, já que fiquei tão dentro da história, tão envolvido, tão curioso ao ponto de até mesmo me esquecer do mundo por toda sua duração.
A história é bem simples. Doze jurados devem decidir se um jovem, acusado de assassinar o seu pai com uma facada no peito, é culpado ou inocente. Só que onze deles têm a certeza de sua culpa, enquanto o outro não quer votar por culpado apenas por cogitar a possibilidade do réu ser inocente. Não tem a clara certeza de sua culpa, algo que os outros possuem tão claramente. Como a jurisdição americana indica que só deve-se votar pela culpa do réu caso não haja nenhuma dúvida de sua acusação, e como todos os outros onze estão doidos para irem embora e acabarem com aquela 'chatice', o filme começa a criar os seus conflitos. Só que esse pouco caso de seus companheiros de júri acaba servindo de inspiração para que o jurado de número 8, interpretado por Henry Fonda (de Era uma vez no Oeste<>), busque cada vez mais a certeza dos outros jurados, tentando convencê-los a terem a mesma opinião que a sua, afinal, trata-se de uma vida humana que está em jogo, não um item qualquer.
As discussões são sempre de altíssimo nível. Você vai entrando cada vez mais na história e acaba por tomar partido igualmente aos jurados: ou você vai torcer pela inocência do rapaz, ou pela culpa, ou vai ficar confuso... O impossível é ficar indiferente ao roteiro extremamente bem escrito, curioso e inteligente.
 
 
 
 Sinopse:
Remake do classico de 1957, considerado até hoje como um dos melhores filmes do mundo, este remake feito para a TV (e nunca lançado em DVD, o que explica o VHSRip e sua raridade) tem como diferencial sua estrutura narrativa: praticamente 2h de filme passadas dentro de uma sala, onde 12 jurados discutem sobre o destino de um jovem acusado de matar o próprio pai. Em meio a pessoas completamente normais e corriqueiras, ansiosas por acabarem logo com seu dever judicial e cuidarem de suas vidas, um jurado se dispõe a analisar mais cuidadosamente os fatos, pois "condenar um homem à morte é algo muito sério".
Começa então uma retrospectiva do caso, desta vez analisada pelo ponto de vista de homens comuns, cada qual com sua formação sócio-cultural, seus orgulhos, medos, raivas e pontos de ebulição, tornando o filme totalmente atraente e mantendo o espectador atento, ainda que sem ação, explosões - e mesmo trilha sonora. 
 

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